"Ela dança com a música de dentro"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quando você descobre e consegue lidar com a falta das pessoas o mundo começa a se preencher de cores mais uma vez, enquanto você não entende e não tenta caminhar para frente, o lápis de cor preto estará forte demais para outras cores. 
Céu cinza. Noite fria. Um litrão. 
Então você passa por momentos que nunca achara que chegaria assim, tão cedo. 
Parece ser divertido, e até é divertido. Mas quando a dorzinha inutil volta a contaminar seu domingo vazio, ah então é nessa hora que tuas pernas fraquejam, e nessa hora basta sentar que tudo volta novamente, continua batendo lá dentro. 
Cada dia precisa ser renovado, cada dia precisa de um pouco mais para se fortalecer, cada dia parece não terminar. Até chegar a noite novamente. Esse ciclo se repete. Eu temo acabar, mas não termina, pelo menos parece. Entendo vocês, quando a noite chega, tudo que tinha acumulado se transforma em cinzas, pois com os sorrisos que te apresentam, com a liberdade que deixa voar e com o ardor da música que penetra em tuas veias, te fascina. Levanta, depois derruba.
Nessas noites você percebe que se divertiu, mas quando chega a manhã, te resta dormir, levantar e ver que o ciclo logo [re]começa e lhe interrompe. É exatamente ali que você não admite, mas sabe a falta que um ser pode causar dentro de ti, dentro de mim.

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