Era um dia durante a semana qualquer. Eles combinaram de encontrar para almoçar no shopping. Ela chegou cedo e deu umas voltas admirando as vitrines enquanto ele chegava. Ele demorou. Algumas horas.Ela já estava preocupada com o horário e com tudo que ainda tinha por fazer no trabalho naquele dia, mas era bom se distrair por um tempo. Precisava mesmo disso.

Ele se atrasou em uma reunião de trabalho sobre os novos lançamentos da empresa.

Na praça de alimentação, surgiu o impasse. Ela queria comer comida japonesa. Ele queria comer rápido em um desses fast-food.

Acabaram indo em restaurantes diferentes. A vantagem da comodidade de uma praça de alimentação, às vezes, é uma desvantagem. Separa as pessoas. A sorte era que o shopping não estava cheio e não precisaram guardar mesa.

Sentaram juntos. Um de frente para o outro.

Ele comeu rápido. Precisava voltar para o trabalho.

Ela demorou. Queria apreciar a culinária.

Enquanto esperava, ele passou a ler e responder e-mails no celular e fazer algumas ligações.

Não conversaram.

Depois de comer, ela sugeriu que ele a acompanhasse até uma loja. Ele respondeu que tinha que voltar ao trabalho. E não foi. Deu um beijo e saiu.

Ela ficou sozinha.

No dia seguinte, ela terminou o noivado.

Ele não achou ruim, mas nunca entendeu o motivo.